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EDITORIAL
Os acontecimentos diários devem ser noticiados sob a luz de vários holofotes.
Honoré de Balzac nas "Ilusões Perdidas" disse que há duas histórias: "A história oficial que é uma mentira... e em seguida a história secreta, que relata as verdadeiras origens dos acontecimentos, a história da vergonha".
A história oficial da república mente enquanto que sua história "secreta" é ocultada.
Alguém já deve ter escrito que os vigilantes são necessários. Necessária é a revisão. A memória é curta e a tendência geral é apagar as lembranças dolorosas.
Sim, vigiar é preciso. Mesmo que tudo pareça sereno e esquecido, deve existir alguém para detectar a brasa adormecida sob a cinza, os germes do ódio, os esporos do ânimo assassino, ocultos sob a carapaça inocente e esperando a vez de voltar à tona e proliferar, pois, segundo a sugestão de Sheakespeare, vivemos todos os dias "uma história de loucos contada a outros loucos", no que é seguido por Benjamin Disraeli que comentou que "o mundo é governado por figuras que não podem ser vislumbradas por aqueles cujos olhos não conseguem penetrar nos bastidores".
Esquecer as injustiças e os injustos é permitir que essas injustiças e os injustos se instalem para fazer novas vítimas. Por essa razão é importante rememorar, desenterrar as vilanias históricas, chamar a atenção para as cicatrizes. Lembrar é preciso, como viver é preciso.
BERNARD PAGH
ABJ - 4437
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