XV de NOVEMBRO... O QUE COMEMORAR?
- Bernard Dubois Pagh
- 14 de nov.
- 15 min de leitura
Atualizado: 17 de nov.
CHARLES MAURRAS escreveu que : "Nada se faz sem crítica, nada sem fé".

Uma questão vem logo ao espírito de toda pessoa que pretenda agir com honestidade intelectual e que REX-POPULI não é o primeiro órgão a reconhecê-lo.
Como pessoas com inteligência tão aguda e lúcida como as de nossos príncipes ainda tem a esperança e exercer um papel político de primeiro plano a ponto de consagrar suas vidas a isso?
Para as pessoas de modo geral, mesmo para as que recusando as conclusões da crítica marxista do atual Brasil "bem pensante", parece evidente que nossa história evolui segundo uma lógica sem piedade, nem fantasia. Não negam, é certo, que a Monarquia tenha sido um momento indispensável da marcha "para frente" de nossa civilização, mas para eles, essa era já passou e a história não pode recuar.
Para os tecnocratas, em especial, tudo indica que a condução do Estado, como a de todos os grandes "negócios econômicos", passam sem apelação do âmbito familiar para um anônimo conselho de administração presidida por um técnico, bem ao estilo positivista, como algo frio e desumano.
Quando os monarquistas argumentam com a eficiência e os benefícios de uma educação familiar voltada para a formação de um estadista, respondem os republicanos que "hoje em dia" (expressão coringa que serve para justificar até o injustificável), os laços de sangue estão cada vez mais frouxos e fluídos e, segundo os mais radicais, num futuro próximo, as crianças não pertencerão mais a suas famílias, mas à comunidade, então, por que as famílias principescas não sofreriam a mesma sorte?
A ciência não está nos reservando um futuro tal qual a ficção de ALDOUS HUXLEY em "Admirável Mundo Novo", onde homens nascidos das experiências dos biólogos, serão preparados por dosagens, com tarefas predeterminadas, numa felicidade indiferente e cinzenta, uma autêntica robotização do ser humano, tal qual a denunciada por GEORGES BERNANOS?
Assim, entendem esses tais extremistas republicanos, não haverá mais necessidade de príncipes, mas sim de laboratórios a fabricar igualitariamente homens-máquinas em série, fazendo tábua rasa de mais esse ensinamento de CHARLES MAURRAS: "Uma sociedade pode tender à igualdade, mas, em biologia, a igualdade só está no cemitério".
Mesmo se não nos aventurarmos num futuro incerto, ainda se põe como obstáculo à Monarquia, que o mundo, através de múltiplas peripécias, mas continuamente, marcha para a unidade, a consumação e fim último da "globalização". As nações se aliarão cada vez mais, não por políticas de guerra e casamentos de príncipes, mas pela união dos tecnocratas e economistas. Nesse contesto, qualquer monarquia, por essência ciumenta de sua singularidade, só pode ser um obstáculo a essa mundialização "inevitável", afirmação um tanto quanto dogmática, quando vemos crescer doutrinas multipolares pelo mundo afora, o que já demonstra e é facilmente observável, que a evolução do mundo não corresponde à sistemática análise dos partidários do determinismo histórico. Nunca se comprovou, jamais, em tempo algum, que existia uma "evolução constante e progressiva da humanidade para o melhor", não mais no plano biológico como no plano moral ou social, mas que o mundo conhece, por vezes, bruscas mudanças ou sobressaltos.
Outros concluem que a história age em círculos e que somos os espectadores de um eterno retorno, portanto, ninguém pode prever o futuro de nossa civilização e as formas que terá nos próximos séculos.
Quanto ao relativo estremecimento da família, que ninguém nega, não é comprovado que ela obrigatoriamente se extinguirá, mesmo porque, se constata através da história que essa instituição passou por várias crises, mas resistiu, mesmo porque, não é apenas desejada pelo homem, mas criada fora de seu alcance, pela ordem divina, como dizem os cristãos. Assim, essa força natural que é a família, será sempre uma força real e presente e, uma força que sob a forma monárquica, o homem seria inábil em não utilizá-la para ser melhor. Mais: defender a primazia da família contra o aviltamento de um Estado que tende em substituir a legitimidade natural por artifícios mentais, é defender o próprio homem contra um futuro desumano. Ora, se a família é, por si mesma monárquica, a monarquia é a melhor forma do Estado, a que melhor se adapta e reflete o espírito familiar.
Assim, os monarquistas católicos têm um longo caminho pela frente e um papel a desempenhar no eterno retorno das coisas, pois o futuro pertence, para uns ao acaso e para outros a Deus.
A monarquia é uma coisa simples, como estabeleceu LEPLAY. Para ele, a Monarquia é o símbolo carnal, o mais perfeito que seja de um conceito político, porque se confunde em sua perenidade com a vida da nação e, por que associá-la à Nação? Porque a Monarquia é a vida... O monarca pode simbolizar a arbitragem, a justiça, pela sua independência, mas igualmente, porque é o agente de uma instituição humana e essa instituição é a família.
Se rejeitarmos toda instituição de ordem divina, sobram as do Direito escrito, criada pela lei, as da ordem natural, as que são próprias à natureza humana. Não se pode negar que a família seja dessas últimas. A experiência demonstrou que o próprio marxismo que a negava, teve que reconhecer, quando, saindo da especulação puramente filosófica, na União Soviética, entrou na ordem dos fatos e uma a uma as leis que tinham fobia da família foram suavizadas e mesmo revogadas, pois essa célula humana é mais forte que os homens e seus projetos.
Como disse GEORGES VALOIS: "O verdadeiro caráter das lutas político-sociais é ideológico, choque de duas metafísicas, duas concepções de mundo" e, completa, "à loucura do espírito é preciso opor a sabedoria do espírito".
Diante disso tudo, esse não é um texto meramente político, nem religioso, mas um manifesto de guerra ideológico.
O Real-Trabalhismo ou Retismo, vê na República Brasileira um regime que serve interesses internacionais em detrimento dos brasileiros, em direção totalmente contrária à imaginada nos Concílios de Toledo sob o brocardo: "Non est regnum propter rex, sed rex propter regnum" (o rei existe para o reino e não o reino para o rei) o que pode levar ao caos e à guerra civil, já que, por traz da máscara da República, reinam reis ocultos.
O republicanismo é uma máquina com verdadeiro poder econômico, político e cultural, inimigo da Tradição, do Catolicismo e da Soberania Nacional.
Para sua implantação o Brasil foi minado por dentro. Essa não é uma convicção improvisada, mas o fruto de anos de observação.
Denunciar a República não é meramente um ato de propaganda, mas uma cruzada, uma luta espiritual e política que já dura duzentos anos em nosso país.
Não falamos de inimigos imaginários, mas de uma estrutura que trabalhou, trabalha e sempre trabalhará pela dissolução da alma brasileira.
O que o REX-POPULI está fazendo nesse ato, não é uma denúncia para ser aplaudida, mas para ser entendida por aqueles que creem num Brasil Unido sob o Cruzeiro do Sul.
A República no Brasil, tem sido a inimiga permanente da ordem natural. O espírito republicano se infiltrou no Estado, nas academias militares e universidades com um objetivo claro, destruir a Fé e o princípio tradicional de Autoridade. O republicano não age apenas por ambição pessoal, mas por uma doutrina que o supera, doutrina essa que nega a Deus e à Pátria, encarnando o relativismo do poder sem raiz, do indivíduo desligado de todo compromisso com a Tradição.
O Republicanismo foi responsável por todas as confusões do século XIX e XX no Brasil, bem ao encontro do que disse CHARLES MAURRAS: "a república é a guerra civil institucionalizada".
Realmente, o "ideal" da República sempre gerou uma fratura social no Brasil, que pode degenerar em nova guerra civil, a exemplo das que aconteceram de 1.830 a 1.932, pois de 1.830 a 1.840, pode ser dito que a Regência foi nossa primeira experiência republicana.
Desde políticos republicanos a intelectuais anticlericais, existe um mesmo padrão, a substituição da ordem cristã por uma moral artificial ditada por interesses estrangeiros.
A República no Brasil, sempre se mostrou um poder, senão contra a Religião, ao menos indiferente a ela. Era laico, desde o nascedouro na constituição de 1.891, enquanto que na França, apenas em 1.905-6, com as leis de Combes que acabaram com os efeitos da Concordata entre Napoléon e o Papa Pio VII em 1.801, o Estado se tornou inteiramente laico.
A República, com sua Igreja Positivista do Rio de Janeiro e seu lema "Ordem e Progresso", é assim, antinatural, além de avessa a Cristo e sua Igreja.
A Igreja Positivista seguiu o lema nietzscheano de que só pode ser destruído, o que pode ser substituído, ao criar a religião da humanidade, ridicularizada num romance de Machado de Assis.
Augusto Comte representou sua amante Clotilde como a divindade humana na Igreja Positivista. Essa curiosidade ainda existe no Rio de Janeiro.
A independência dos Estados Unidos, criou o republicanismo moderno, inspirado na velha Roma e contaminou a França durante a sua revolução dita "francesa" (amplamente insuflada por agentes ingleses e alemães), assim como a Comuna de Paris, todos esses movimentos com o mesmo viés "racionalista".
Sua implantação não busca ser objetiva, moral e combativa, mas busca cercar o espírito tradicional brasileiro de várias críticas, tais como as do comunismo, do liberalismo, do ateísmo, sendo difícil, hoje em dia, separar essas forças, pois são rostos distintos de uma mesma mentalidade, ou seja: O republicanismo!
O golpe militar de 15 de novembro de 1.889.
Se o Brasil, como maior pais "galatino" (filho da cultura greco-galo-romana) da história, deseja sobreviver, deve substituir essa forma de Estado para proteger sua cultura, juventude e democracia. É uma questão de sobrevivência espiritual, pois os republicanos agem com infiltração cultural na imprensa, manipulando as consciências, discretamente, sem que a população perceba.
Os golpes de Estado e revoluções no Brasil, não foram acidentes históricos, mas faces da mesma moeda, dos cálculos de um mesmo projeto de substituição do sagrado pelo humanismo.
A República e seus defensores, não buscam apenas o poder político, mesmo porque esse é um trono vazio, mas a transformação do indivíduo, por isso, o seu enfrentamento não deve ser apenas político, mas também religioso. O Brasil não é meramente um lugar grande, agradável e bonito, mas o maior país "galatino" e a maior população católica do mundo, sendo por isso mesmo, um bastião que deve ser protegido da serpente de mil cabeças que se infiltra na educação, nas artes, nas ciências. É preciso ver além das aparências, entender que as guerras modernas não se travam apenas com armas, mas com ideias. A República atua como uma rede internacional de pensamento para dominar sem a necessidade de ocupar territórios e aí está a raiz de nossa decadência.
Isso começa com o anglo-germanismo, com a revolução protestante, que por sua vez gerou a "Revolução Gloriosa" e sua filha: A independência das treze colônias dos Estados Unidos da América; além da revolução dita "francesa".
Os republicanos controlam a mídia, pois vários jornalistas, artistas, escritores, impingem valores ao povo brasileiro, contrários à fé e à unidade nacional. A manipulação midiática, deformando a democracia, é mais perigosa que as bombas, podendo mudar gerações inteiras sem que se percebam as mudanças, por isso, os monarquistas católicos insistem que a verdadeira luta pela democracia se trava nas consciências. O que o REX-POPULI prega, não é apenas uma crítica, mas uma advertência para o futuro, pois o inimigo nunca dorme, muda de rosto, mas não de propósito e, enquanto existirem homens que relativizam Deus e Cristo-Rei, o ideal republicano viverá em nossos pagos.
Como vemos, a resistência não deve ser apenas temporal, mas eterna.
O Brasil, sendo o maior país "galatino" e católico da história, é como uma reserva espiritual do Ocidente e resistirá se se manter fiel ao Catolicismo. Isso não é casual, mas providencial. A história do Brasil tem um propósito, o de resistir à destruição dos verdadeiros valores democráticos da Pátria: a Fé, o Trabalho, a Família e a Liberdade, ou seja, os quatro pilares do trono.
Ao substituí-los pelo individualismo egoísta e a dúvida, perde-se o sentido de comunidade. É uma guerra com estardalhaço midiático ingênuo, mas que, silenciosamente, sem canhões, nem trincheiras coloca a alma da Nação em chamas, correndo o risco de cair, não por invasão, mas por corrosão interior. Essa corrosão começou, quando a República disfarçando-se com o "progresso" do positivismo, cujo lema estampou na bandeira republicana, substituindo a "ordem" espiritual por uma pseudocientífica. Por isso, os reais-trabalhistas não veem como os republicanos, a Coroa como "uma ditadura hereditária", mas como uma muralha sucessiva do espírito.
Existe um paralelismo, entre o atual republicanismo e o marxismo-gramscismo, pois ambos buscam a destruição da ordem cristã e a criação de um Brasil sem alma. Não atua mais como o bolchevismo ou o nazismo (que só surgiram após a queda do "czar" e do "kaiser"...), mas infiltrando-se na república (eterno trono vazio), a velha barregã que troca de cafetão de tempos em tempos. A República é como uma alça de caixão, quando um larga vem um outro e põe a mão e, muitas vezes sem eleição...
Assim, o marxista é o soldado, o gramscista o estrategista que prepara o terreno na república laica.
O RET (Real-Trabalhismo) não é um conquistador, mas o defensor de uma herança ameaçada. Defende a Herança, enquanto trabalha pela volta do Herdeiro!
Por isso, O "RETISMO", procura identificar o inimigo, enquadrá-lo e combatê-lo sem tréguas, conforme seus propósitos, e seu lema: TRABALHO - FAMÍLIA - LIBERDADE:
"Brasileiros de nascimento e de coração, de razão e de vontade, nós os RETISTAS nos propomos a preencher todos os deveres do patriotismo consciente. ESTAMOS EMPENHADOS EM RESISTIR A TODO E QUALQUER REGIME REPUBLICANO. A República no Brasil é o paraíso do plutocrata e do demagogo. O espírito republicano desorganiza a defesa nacional e favorece influências intelectuais diretamente hostis ao cristianismo. É PRECISO DEVOLVER AO BRASIL, UM REGIME BRASILEIRO.
Nestes termos, nosso único futuro é a soberania tal como a personifica o atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, herdeiro dos soberanos que fizeram o Brasil. Só essa soberania assegura a saúde e salvação pública, personificando a ordem, prevendo e prevenindo os males que o nacionalismo cristão denuncia. Órgão necessário ao interesse geral, a soberania através do Poder Moderador, dignifica a Autoridade, as Liberdades, a Prosperidade e a Honra.
Nós os RETISTAS, nos engajamos na obra DA RESTAURAÇÃO DA MONARQUIA e a servir essa causa por todos os meios legais, para o bem da democracia e dos trabalhadores do Brasil".
Não há dúvidas, a República foi um erro que só se consolidou com a ditadura do Marechal Floriano e quem não combate o erro, o serve!
MARECHAL FLORIANO PEIXOTO, o "mata monarquista!"
"o mal enferrujado" MARECHAL DE FERRO...
A República está na raiz de todos os nosso males, como demonstram os vários golpes e tentativas de golpe de Estado que o Brasil enfrentou, bem antes do 8 de janeiro de 2.023.
Eliminar a República é restaurar uma democracia segundo a ordem natural de Deus, pois as campanhas presidenciais só servem para debilitar o país sendo um ato de força que nada deixa a desejar a outros, como golpes e revoluções, onde vence o plutocrata mais forte, com a melhor demagogia.
Os povos fortes são aqueles que permanecem unidos em torno de um ideal comum, enquanto os débeis são os que não têm consciência do que são.
A República tem trabalhado precisamente para isso, para que esqueçamos que somos o maior país "galatino" da história, o maior país católico do mundo, para que esqueçamos nossa alma, invertendo a ordem cristã.
O que na verdade parece fraternidade, na realidade é idolatria do ego, capaz de manipular eleições, governos e crises econômicas.
REX-POPULI deseja resistir através da denúncia para manter a fé no Brasil democrático e cristão, frente à República que nutre uma enfermidade moral que deve ser abolida para que a civilização e a liberdade sobrevivam no Brasil.
Assim, deve ser seriamente discutida a grande mentira do "humanismo republicano". Atrás do lema: "liberdade, igualdade, fraternidade", se monta um discurso que destrói a realidade objetiva, pois, se todos os valores são relativos, o bem e o mal, a verdade e o erro, deixam de existir e nessa lógica, um "Brasil moderno", sem raízes, sem fé, sem valores absolutos é o resultado final procurado tanto pelo consumismo, quanto pelo gramscismo, pois o republicanismo não quer apenas a liberdade para o brasileiro (se é que a quer realmente...), mas principalmente separá-lo de uma grande pedra no sapato, ou seja, separá-lo da Religião. A República promete ao povo autonomia, porém condena à solidão, oferece ciência, mas com qual esperança?
Essa famosa República se esmera em ocultar que a Liberdade sem Deus não é Liberdade, mas "liberdade" com desordem e neste ponto, o Brasil poderia ser um farol se voltasse á Monarquia Católica, que não deve ser vista apenas como a opinião pessoal de alguns "originais", mas como uma verdadeira opção cultural, uma razão para existir e nessa razão a luta travada não é pelo poder, mas pela alma do País.
Se o Brasil renunciar à sua vocação, cairá no materialismo absoluto, tornando-se pasto do consumismo, razão de toda ânsia por dinheiro, poder e prazer.
Qual será a razão das lutas entre facções criminosas e milícias, senão isso?
Na República, o inimigo não desaparece, só muda de nome. Às vezes se chama liberalismo, às vezes progressismo e muitas vezes "demo-graça", elegendo humoristas, jogadores de futebol, artistas, quando não promove alguma ditadura militar, porém a essência é a mesma: A negação de Deus e da ordem natural, por isso REX-POPULI convoca as famílias para ficarem vigilantes, defenderem a Fé, a desconfiar das ideologias que prometem um paraíso na terra, pois o verdadeiro paraíso só existe no além e toda doutrina que negue essas verdades, pertence ao inimigo da Pátria.
O Brasil sobreviverá se for católico e monárquico, pois a Fé é a única força que pode vencer a mentira organizada. Essa não é uma visão de político que busca aprovação, mas de brasileiros que legam um testamento, fazendo do Brasil uma trincheira contra as sombras do "mundialismo".
O republicanismo continuará se impondo, bem na linha de ANACHARSIS CLOOTS, porque não respeita fronteiras e não necessita de territórios, almeja ser "universal", pois seu domínio é a mente, fazendo com que o espírito seja substituído pela técnica, onde o progresso sem alma acaba por escravizar o próprio ser humano e nesse contesto o papel do Brasil será sempre resistir. Não se trata de glória e poder, mas de dever! Dever por uma verdade que transcende as modas ideológicas.
Assim, a República tem sido o nome visível, o laboratório para experiências invisíveis, um instrumento que corrói por dentro parecendo "civilizado".
Cada século muda os nomes e rostos, mas não a coisa, o conflito: "ordem divina X caos humano". Nosso dever é despertar os adormecidos pelo comodismo, que ao desprezar a religião, o homem "moderno" perdeu o sentido da verdade e sem ela cai no vazio.
Tal como a síndrome do trono vazio, a ordem do mundo não pode construir-se apenas sobre a razão, mas principalmente sobre a Fé. A razão sem fé se converte em instrumento do erro.
Isso foi visto na revolução dita "francesa", no comunismo e no nazismo, assim como na Guerra Civil Espanhola e nas nossas próprias, de 1.832 a 1.932.
Ré Pública no banco dos réus.
Todos filhos da mesma mãe, a ideia que põe o homem acima de seu criador, um trono vazio a ser tomado, uma alça de caixão que quando um larga, vem um outro e põe a mão. Esse orgulho foi o pecado original de todo o século XX no Brasil, pois a "liberdade" sem dever conduz ao abismo, pois o homem precisa de transcendência além do próprio umbigo, onde reside a mística do "aqui e agora".
Atrás da máscara da "filantropia e virtude republicanas", há uma vontade de domínio espiritual, não pretendendo escravizar corpos, mas mentes, não propondo correntes, mas dúvidas e um povo que duvida de si mesmo já está vencido.
O regime republicano é um veneno lento, um equívoco e, estamos morrendo desse equívoco, numa paródia do "Processo" de FRANZ KAFKA, não mata logo, mas debilita tudo o que toca. A religião se converte em ritual vazio, a pátria em palavra oca, só servindo para jogos da seleção de futebol, em que todo mundo veste a camiseta "canarinho", a "farda da CBF"...
A família torna-se o grande obstáculo para o brasileiro "moderno", um ser que vai ficando sem raízes, sem ideias, sem noção qualitativa de pátria, transformando a certeza em ceticismo, o erro e a verdade na mesma coisa, dissolvendo a sua identidade em nome de uma falsa liberdade e quem esquece sua origem, perde seu destino.
REX-POPULI faz um chamado à educação e à consciência nacional para lembrar que o maior erro de um povo é esquecer sua história.
Um povo que não ensina, ou pior, falseia o seu passado, educa seu povo para a escravidão e a república sempre prospera onde se destrói a memória coletiva, fazendo tábua rasa de tudo, segundo a lição de SIEYÈS, quando na realidade, uma nação se perde quando deixa de crer em sua missão.
A propaganda autoritária prefere a República, pois vence pela debilidade interna. A plutocracia internacional também prefere a República, pois só vê nos presidentes peças de substituição, como é o caso do MACRON, sabidamente empregado de banqueiros internacionais.
Assim, o brasileiro "moderno" poderá reconciliar o progresso com a Fé?
Na realidade, só um renascimento espiritual pode restaurar o Brasil. Os avanços técnicos, a democracia, nada servirá se o coração do homem continuar vazio como o trono.
Se a humanidade continuar adorando ao homem em lugar do criador, seu destino será a confusão. O homem pode ser débil, mas o espírito não morre. Deus não precisa de maiorias! A verdade não se vota! Se defende!
No ano que vem teremos novamente eleições presidenciais e seremos obrigados a assistir a mentira organizada no horário eleitoral gratuito e dela participar através do voto OBRIGATÓRIO.
Diante dessa DEMOCRACIA OBRIGATÓRIA que nos propõe o presidencialismo republicano, o presente artigo parece mais uma proclamação, não um debate. Parece mais com uma declaração de fé editorial do que um tratado acadêmico, mas na verdade é o credo do RETISMO ou REAL-TRABALHISMO, o credo de homens que depois de perder, temporariamente, a guerra, sabem que a maior batalha, a da alma de sua nação, apenas começou.
Os grandes fracassos nacionais, não são causalidade, senão os planos urdidos e aplaudidos por interesses internacionais, pois a República incentiva a multipolarização política, a poliarquia entre os três Poderes, luta entre Legislativo, Executivo e Judiciário, pois sem o Poder Moderador da Coroa, a tal da harmonia é apenas uma ficção, assim como a Religião passa a ser um obstáculo para o tão decantado "progresso". Eis o resultado do caos republicano.
Que o Brasil redescubra sua vocação! Que se torne um farol! Essa é a herança que a nossa geração de monarquistas deve deixar, ou seja, a ideia de uma nação que não se define por seu poder, mas por sua Fé, uma resistência moral, pois a verdadeira batalha não se trava com armas, mas com almas.
Que, depois do dia 15 de novembro de 2.025, o leitor possa refletir a respeito disso tudo.
BERNARD PAGH - ABJ - 4437











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